O Retrato da Condessa

RESENHA

   Um Conde vindo do ano de 1817, por um acaso do destino acaba indo parar exatamente no século XXI. Mas como isso séria possível? Existia alguma maquina do futuro no passado? Como alguém conseguiria viajar quase 200 anos para outra realidade?

  Essa é a historia de Vincent Kildare, o quinto Conde de Lilwith. Em uma noite qualquer, nosso Conde decide comparecer ao baile na casa de seu grande e único amigo verdadeiro, o Visconde de Wiltshire. Mas mesmo em meio a um ambiente festivo, Kildare não se sentiu bem, uma forte dor de cabeça o atacou devido o consumo exagerado de álcool.

   O Visconde preocupado com a saúde de seu amigo, o convida a repousar durante um momento em um dos quartos de hóspedes da mansão. Kildare prontamente aceita, louco para fugir das pessoas do baile. Ao procurar o tal quarto de hospedes, ele se depara com vários quadros na parede, e um deles particularmente o chama a atenção. O retrato de uma jovem donzela correndo ao vento num parque desconhecido.

  Sem entender o motivo que o fez prestar tanta atenção no quadro em questão, o jovem Conde repara que o mesmo está torto na parede e decide ajustá-lo. Ao abrir a porta do quarto e se acomodar em uma poltrona ao lado da cama, ele escuta um barulho estranho que chama a sua atenção. Com a cabeça doendo como estava, nenhum barulho no mundo o faria levantar de seu assento.

  Quando o barulho ensurdecedor cessa, Kildare ouve um grito feminino e se levanta assustado. Mas o que diabos aquela mulher completamente diferente de todas as mulheres que já viu na vida estava fazendo logo ali? E o que seria aquele objeto estranho em suas mãos?

“Mas em compensação ele sabia que não poderia ficar para sempre ali. Kildare se encontrava dividido. Entre o dever, o querer e o coração. Era estranho pensar que em apenas algumas horas ele se via fascinado pela jovem.” (página 46)

   Laura jamais acreditaria no que está bem a sua frente. Um homem lindo e másculo, trajando vestes tão diferentes e antigas que só poderia ser fruto de um sonho. Afinal, quem ainda usava aquele tipo de roupa em pleno século XXI?

  Passado e futuro se entrelaçam de uma forma única e graciosa. Laura se vê encantada pelo misterioso homem que se intitula Vincent Kildare, um Conde do ano de 1817 em Londres. E esse encanto é automaticamente recíproco, visto que Kildare jamais vislumbrou tanta beleza em uma só mulher.

  Uma história linda sobre o amor surgir nas mais diferentes situações, e nem os tempos verbais são fortes o suficiente para apagar um sentimento tão verdadeiro quanto esse. Martinha criou personagens únicos, diferentes, cativantes e que são capazes de fazer o leitor devorar esse livro de uma vez só.

“Laura estava mergulhada em sonhos de amor. Ela estava apaixonada por um conde! De outra época! Só ela mesma para ser tão azarada no amor assim.” (página 61)

   É impossível não se pegar torcendo pelo amor entre Laura e Kildare. Mas não se engane pensando que esse livro é somente romance meu caro leitor. É uma história repleta de vários elementos que dão vida a narrativa; aventura, ação, tramóias malignas, personagens cômicos, outros cruéis. Uma junção de itens que compõem uma bela história.

“Ele realmente não imaginava um futuro entre os dois, afinal eles pertenciam a séculos diferentes. Como poderiam unir passado e futuro? Como poderiam enfrentar as barreiras do tempo?” (página 49)

   Se eu indico? Mas é claro que sim. Imaginem só uma história de amor entre duas pessoas de séculos diferentes? Não tem como não ser uma boa história. E se preparem para conhecerem um dos piratas mais atraentes da literatura haha. 

“Bufando, fez uma saída dramática e subiu as escadas como se fosse Scarlett O’hara. Num passo lento e ofegante, mas, ainda assim, extremamente dramático.” (página 160)

Detalhes

Páginas: 166
Autora: M. S. Fayes
Onde encontrar: Skoob, Amazon, Submarino, Americanas.
Editora: Qualis